"A Última Floresta", de Luiz Bolognesi, conquista mais dos prêmios

O filme "A Última Floresta", dirigido por Luiz Bolognesi ("Ex-Pajé"), conquistou dois novos prêmios: Melhor Documentário no Festival Zeichen der Natcht, em Berlim, e o Prêmio Artístico de Melhor Obra no Festival dos Povos Originários, de Montreal. Bolognesi assina o roteiro do filme ao lado do xamã e líder político yanomami Davi?Kopenawa. A produção é da Gullane (Fabiano e Caio Gullane) e da Buriti Filmes (Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi) em associação com a Hutukara Associação Yanomami e o Instituo Socioambiental (ISA). O longa-metragem estreia nos cinemas no dia 9 de setembro. Assista ao trailer:

Em junho, "A Última Floresta" venceu o prêmio do público na mostra Panorama no 71º Festival de Berlim. Foi a terceira vez que a Gullane foi premiada no festival – em 2018, "Ex-Pajé" venceu o prêmio especial do Júri Oficial de Documentários da Mostra Panorama; e foi a segunda vez que venceu a categoria Audience Award, também conquistada pelo filme "Que Horas Ela Volta?", de Anna Muylaert, em 2015. O Panorama Audience Award acontece desde 1999. Este ano, a mostra Panorama apresentou 16 longas-metragens, sendo "A Última Floresta" o único representante brasileiro. 

Em junho, "A Última Floresta" também conquistou o prêmio de Melhor Filme no 18º Seoul Eco Film Festival, na Coreia do Sul, e foi exibido no DocsBarcelona – Festival Internacional de Documentários, na Espanha. Em maio, esteve no Wairoa Maori Film Festival, na Nova Zelândia, e, em junho, no Biografilm Festival, na Itália. No Brasil, teve sessões no Festival Pachamama em maio e em junho, no Festival Internacional Imagem dos Povos e na Mostra Ecofalante de Cinema, durante a Semana do Meio Ambiente. A primeira sessão no Brasil ocorreu no 26º É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários 2021. O longa também foi exibido nos festivais Visions du Réel, na Suíça, e no Hot Docs, no Canadá. 

"A Última Floresta" retrata o cotidiano de um grupo Yanomami isolado, que vive em um território ao norte do Brasil e ao sul da Venezuela há mais de mil anos. O xamã Davi Kopenawa Yanomami busca proteger as tradições de sua comunidade e contá-las para o homem branco que, segundo ele, nunca os viu, nem os ouviu. Enquanto Kopenawa tenta manter vivos os espíritos da floresta, ele e os demais indígenas lutam para que a lei seja cumprida e os invasores do garimpo retirados do território legalmente demarcado. Mais de 10 mil garimpeiros ilegais, que invadiram o local em 2020, derrubam a floresta, envenenam os rios e espalham Covid e outras doenças entre os indígenas. 

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