A Associação de Profissionais do Audiovisual Negro (APAN) – instituição de fomento, valorização e divulgação de realizações audiovisuais protagonizadas por profissionais negros – terá novo comando a partir desta segunda-feira, 15 de março. Quem assume a presidência é Rodrigo Antônio (foto), ex-conselheiro Fiscal da organização pela região Norte. E a vice-presidência será ocupada por Thais Scabio, ex- conselheira Fiscal pela região Sudeste. Com a saída de Viviane Ferreira para assumir a Spcine, os novos gestores seguem em mandato interino até as próximas eleições, construindo novos caminhos para a organização. A cerimônia de posse será no dia 27, às 10h, na assembleia geral de associados.
Para Rodrigo Antônio, assumir a presidência da APAN é uma honra, pois reconhece que, nestes quatro anos de existência, a associação tem sido um lugar de referência e acolhimento do seu modo de fazer e pensar audiovisual. "Defendo que precisamos pensar na desigualdade e desníveis de acesso e permanência em nosso setor. Somos construtores de uma autoimagem do povo preto no cinema e nas artes visuais como um todo", declara o novo presidente.
A estrutura da APAN permanece com representantes das cinco regiões do País. Quem assume o cargo de Conselheira da região Sudeste é a pesquisadora e professora de cinema, Tatiana Carvalho Costa. Rafael Ferreira, diretor da produtora Cine Diáspora, em Belém do Pará, ocupará o cargo de Conselheiro na região Norte. "Esta composição fortalece o trabalho e possibilita a afirmação de um audiovisual preto das multivozes", explica Rodrigo Antônio. "Essa ação na APAN, em conjunto com enfrentamento de singularidades das regiões, contribui para um trabalho que ultrapassa a indexicalidade que o mercado tenta construir das nossas narrativas", completa.
Os novos executivos darão andamento a agenda de projetos da APAN, como o lançamento da APAN EaD, plataforma de educação à distância dedicada à oferta de cursos ao FAPAN – Fundo de Amparo aos Profissionais do Audiovisual Negro, que arrecada recursos para a garantia de itens de alimentação, moradia, remédios aos representantes legais de empresas dedicadas à produção de conteúdo identitário e profissionais do ramo audiovisual. "Fundos como o FAPAN são importantes para transformar vidas, apoiando tanto o profissional autônomo quanto os produtores negros", finaliza Rodrigo Antônio.
