Segunda temporada de "Manhãs de Setembro", com Liniker, estreia no Prime Video

Estrelada por Liniker, Karine Teles, Gustavo Coelho e Thomás Aquino, a segunda temporada de "Manhãs de Setembro", série Original Amazon, chega com exclusividade ao Prime Video em 23 de setembro em mais de 240 países e territórios. 

"A série é um gol de placa, pois são muitos elementos e energias que funcionam juntos. Não é à toa que a série foi indicada a mais de 15 prêmios já em seu primeiro ano, inclusive fora do Brasil. Como representação dentro do nosso portfólio, ela é um conteúdo muito forte, que fala com o mundo inteiro. Uma das coisas que mais queremos fazer no país, como Prime Video, é falar sobre histórias brasileiras verdadeiras e ver isso repercutindo lá fora. Falar do Brasil e dos muitos 'Brasis' diferentes. A série é uma junção de gigantes e pessoas brilhantes em todos os aspectos – equipe, elenco, criativos e executivos. É o tipo de coisa que queremos que seja mostrada mundo afora", disse Malu Miranda, Head de Originais do Amazon Studios no Brasil, durante a coletiva de imprensa de apresentação da segunda temporada. 

Os novos episódios retratam os desdobramentos da vida de Cassandra (Liniker) após os acontecimentos da primeira temporada. Para ela, tudo corre fora do esperado desde a chegada de Gersinho. Sua vida virou de cabeça para baixo e, na nova temporada, a sensação de descontrole vai se aprofundar. O reencontro com o pai Lourenço (Seu Jorge) depois de dez anos leva a uma aproximação com Ruth (Samantha Schmütz), companheira de Lourenço, que vai ser fundamental para reconstruir a ponte entre Cassandra e o pai. Além disso, Ruth provocará Leide (Karine Teles) a buscar mais oportunidades para além da maternidade. A relação com Ivaldo (Thomas Aquino) já não é a mesma e os apertos econômicos que colocam em risco a quitinete levam a protagonista ao seu limite. 

Assista ao trailer:


"A chegada do pai de Cassandra traz uma tensão interessante do ponto de vista das personagens que já estão ali, naquele movimento. Para mim, enquanto atriz, foi muito bonito trabalhar com a Karine e o Seu Joge. Eles me inspiraram muito durante o processo, em uma grande e generosa troca", pontuou Liniker, que interpreta a protagonista. "A Cassandra parte de um ponto de vista que consideram impossível para uma mulher trans, considerando toda a vivência e desafios enfrentados simplesmente para existir. Para mergulhar nessa maternidade possível da personagem e entender como seria acolher a chegada dessa criança tão afetiva e necessitada ao mesmo tempo, precisei voltar para dentro da minha família – minha mãe que me criou sozinha, meu pai que me abandonou. Também entendendo necessidade da Cassandra de construir aquele espaço de independência que ela estava conquistando pela primeira vez, em um processo de reconhecimento. Das coisas mais bonitas que a série me acendeu foi essa vontade de criar, de ser mãe. De, a partir de um afeto, se ver transformada", completou. 

"A série foi um grande desafio para mim. Por mais que eu seja atriz de formação, não tinha feito trabalhos grandes no audiovisual ainda. Meu crescimento tem muito a ver com as trocas que eu tive nesse processo e, principalmente, com a generosidade da direção. Criamos uma relação muito afetiva entre a gente, onde me senti segura para propor meu trabalho. Começamos em 2019, é muito tempo de mergulho e envolvimento. Acho que foi a primeira vez que uma produção audiovisual retratou uma pessoa trans com tanta dignidade – ela tem família, caráter e é humana, com seus erros e acertos", concluiu Liniker. 

A cantora e atriz Liniker retorna no papel de Cassandra

Os novos nomes do elenco são Seu Jorge, Samantha Schmütz, Ney Matogrosso e Mart'nália, que se somam ao elenco da primeira temporada, composto por Karine Teles, Gustavo Coelho, Thomás Aquino, Gero Camilo, Paulo Miklos, Clodd Dias, Isabela Ordoñez, Clébia Souza, Inara Cristina, Elisa Lucinda, Linn da Quebrada, Divina Nubia, Danna Lisboa e Dante Aganju. 

"Fiquei muito feliz com todo o processo, com o jogo de todo mundo. Luis é um diretor muito generoso, a gente flui com ele. A história é muito bonita – de personagens que trazem conflitos, sim, mas ao mesmo tempo têm tanto amor. Estou há tantos anos no audiovisual e, pela primeira vez, vejo a diversidade sendo representada na sua mais ampla escala, em todas as cadeias do trabalho. Construir esse personagem do Lourenço era entender esse homem negro que vive no interior do Paraná – são componentes importantes, estamos falando de um lugar sensível para pessoas negras. Queria construir um cara que não entendia de nada e não estava esperando nada também, por isso foi acometido por essa surpresa. O papel é de esclarecer e quebrar tabus, mudando os imaginários", defendeu Seu Jorge. 

Karine Teles também falou sobre sua personagem: "Esse jeito atrapalhado da Leide se enfiar na vida da Cassandra vem desse desespero, dessa solidão que é inerente à maternidade. Achamos esse lugar nela, de ser toda errada mas amar profundamente o filho. Na segunda temporada, vemos algumas fichas caindo para ela. É um arco bonito de evolução e de aprendizado. Eu, pessoalmente, acredito que muito do preconceito e até da violência vêm do desamparo e da ignorância. Então a Leide começando a ter essa rede de afeto e algum amparo, começa a reconhecer os próprios erros". 

Gustavo Coelho e Karine Teles são Gersinho, o filho, e Leide, a mãe

Por fim, o diretor Luis Pinheiro analisou: "A gente conseguiu ser rápido em todo o processo, apesar do fluxo emocional em cena ser muito forte. A sintonia entre os atores já vinha muito intensa. Foram inúmeras sequências rodadas num take só e com essa intensidade emocional incrível". Pinheiro ainda observou: "Sempre quisemos retratar uma São Paulo que não é vista nos cartões-postais, bem no centro, onde é super populoso, numa mistura forte e viva de cultas e pessoas, com imigrantes que acabaram de chegar. Uma São Paulo que está aí lutando diariamente para sobreviver. É uma camada da sociedade que hoje em dia tem sua força e potência anuladas. Para construir um país, temos que olhar para essa potência, para as camas diferentes. Desde a primeira temporada retratamos São Paulo multigênero, multicultural, multirracial. A ideia é entender as potencialidades e os afetos de todos que compõem essa sociedade. É uma estética real e bonita. Devemos olhar mais para a cidade em locais em que achamos que a beleza não existe. Até para aliviar o peso metropolitano da cidade". 

"Manhãs de Setembro" é produzida por Andrea Barata Ribeiro e Bel Berlinck, da O2 Filmes, e Luis Pinheiro. Assim como na primeira temporada, o roteiro é de Josefina Trotta, Alice Marcone, Marcelo Montenegro e Carla Meireles, com direção de Luis Pinheiro e Dainara Toffoli e ideia original de Miguel de Almeida. 

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