Conhecimento do público local pode ser chave para poduções nacionais se destacarem na TV paga

Os showrunners de "Sex and the City", Darren Starr, e "Dexter", Scott Buck, estão no Brasil para participar da segunda edição do Programa Globosat de Roteiristas. O projeto, organizado pela Globosat em parceria com a executiva Jaqueline Cantore, busca desenvolver talentos brasileiros na área de roteiros e fortalecer o mercado de produção de ficção no Brasil. O profissional apresentará conceitos e técnicas para contar boas histórias de suspense, comédia e romance em quatro dias de aulas. Em  entrevista para o portal Tela Viva e conversas com a imprensa, eles comentaram o potencial das produções nacionais para competibr lado a lado com produções internacionais em canais de TV pagos e o papel do reoteirista no desenvolvimento do mercado.

Para os profissionais, o conhecimento do público e da cultura local são os maiores trunfos de produtores e roteiristas para criar séries que conquistem o público brasileiro. “Acredito que qualquer país possa fazer programas que se destacam competindo contra os que nós produzimos, pois há mais do que valores e produção envolvidos, há personagens e histórias cativantes. Com todo talento que há no Brasil acredito que produzirão histórias que irão se relacionar e se comunicar com brasileiros, falando sobre brasileiros.”, disse Starr. “Acredito que eles poderão se destacar aqui porque eles conhecem seu público muito melhor do que os escritores e produtores de Hollywood. Escritores brasileiros podem entender seu público de forma muito melhor que um americano.”, concluiu Buck.

Para Scott, que liderou a produção e a criação dos episódios da série “Dexter”, o roteirista deve assumir papel central na produção das séries. Diferente do que acontece no Brasil, e até mesmo no mercado de cinema americano, na produção para TV dos Estados Unidos é comum que os escritores assumam o comando das atrações, contratando diretores e atuando também como produtores. “Absolutamente (roteiristas devem atuar também como produtores).Logo que o negócio de produção para TV começou a se formar nos Estados Unidos os roteiristas perceberam que era um ambiente no qual eles deviam se impor agressivamente, tornando-se também produtores. Mas ainda há muita disputa, com um grupo de produtores querendo diminuir a importância de roteiristas. Sempre haverá uma luta por poder na indústria”, disse.

Para ele, para se destacar na TV por assinatura, as produções nacionais precisam trazer histórias mais centradas nos personagens. “Não conheço muito o mercado, mas acredito que seja importante avançar do modelo de telenovelas para o de shows mais atuais como Mad Men e Breaking Bad, mais centrados nos personagens e que representam o melhor da televisão desde sempre. Pelo menos é o que eu gosto de ver”, opinou.
 

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