Filme sobre empoderamento das mulheres estreia em outubro

Trazendo o protagonismo à diversidade e empoderamento das mulheres, o projeto "Mulheres Iluminando o Mundo", uma realização Umiharu Produções Culturais e Cinematográficas, com apoio da ONU Mulheres e Rede Brasil do Pacto Global da ONU, estreia um filme sobre as conquistas e sonhos de oito mulheres brasileiras. 

Formado por um média-metragem de 37 minutos e oito pílulas de filmes documentários de cinco minutos cada, o projeto reflete a importância da visibilidade para histórias femininas. Segundo Gisela Arantes, que além de ter escrito e dirigido o filme, é cineasta, autora, diretora, empresária cultural e arte-educadora, a importância do protagonismo feminino na construção de diferentes narrativas é o fio condutor para que não só o futuro, como o presente, sejam diferentes. "Se queremos pensar numa sociedade justa e inclusiva, não podemos abrir mão da capacidade das mulheres de gerarem bens coletivos. Então, o quanto não será rico ter mulheres protagonistas nos ambientes de poder e de decisão? Em todos os campos da sociedade, sua participação apresenta um diferencial construtivo de esperança e capacidade de reconstrução!", afirma. 

A diretora relata que a inspiração para produzir o filme veio justamente dessa inquietação, no sentido de provocar na sociedade uma reflexão sobre o poder de protagonismo das mulheres na transformação da sociedade: "Acredito que a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres, assim como a Equidade que também é abordada no filme, são preponderantes para chegarmos ao compromisso dos direitos de todos. Para além disso, me interessa o 'ser feminino', o arquétipo que está à frente da época e das relações sociais, aquilo que é intrínseco ao universo da mulher e por isso capaz de transcender as barreiras da sociedade e dos costumes estabelecidos". 

O filme, que estreia no dia 28 de outubro, às 18h30, conta a história de oito mulheres, que, a partir de seus cotidianos, inspiram, mobilizam e são pioneiras no que fazem. Após a estreia do documentário, às 19h15, haverá uma mesa de debate com a participação de Gisela Arantes, diretora e roteirista do filme; Tayná Leite, gerente de projetos da ONU Mulheres; Carlo Linkevieius Pereira, Diretor Executivo da Rede Brasil do Pacto Global da ONU; além de Miriam Monteiro, presidente da Aliança Internacional das Mulheres do Café, e Sandra Benites Guarani, curadora adjunta do MASP. A mediação da mesa será feita por Adriana Carvalho, CEO da Generation Brasil. A conversa acontecerá de forma virtual, na mesma plataforma de exibição, no link disponibilizado para o público

Antropóloga, doutoranda em Antropologia Social pelo Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e curadora adjunta do Museu de Arte de São Paulo, Sandra Benites, da etnia Guarani, é uma das protagonistas do média-metragem. Ela destaca que a diversidade possibilita que outras vozes expressem suas perspectivas de mundo: "A narrativa é o que compõe um sistema que explica a nossa trajetória, forma de ser e existir no mundo. Por isso que essas narrativas precisam ser contadas a partir de perspectivas diversas. A versão, ela vai depender de quem está contando e para quem está sendo contada. A história também precisa ser contada a partir da ótica de corpos diversos e experiências diferentes. Em todos os lugares existe muita ausência do corpo feminino. Na academia, instituições, na arte, no cinema, principalmente. É preciso dar visibilidade a olhares diferentes do branco hegemônico!". 

Major do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, Karla Lessa, que também é depoente do filme, ressalta que a afirmação do protagonismo feminino, a partir de documentários como "Mulheres Iluminando o Mundo", contribui para que os estereótipos sobre mulheres sejam mudados: "Percebo que, nos últimos anos, há um esforço do cinema e da mídia de forma geral para divulgar os diferentes aspectos das mulheres, ampliando os espaços ocupados por elas e mostrando a sua diversidade. Os estereótipos vão aos poucos sendo alterados. Entretanto, entendo que essa expansão da abordagem envolve um processo de transformação que ainda precisa continuar a evoluir!", afirma ela, que é a primeira mulher comandante de helicóptero do corpo de bombeiros e uma das duas mulheres dentre os 30 pilotos de helicóptero da corporação mineira. 

O projeto "Mulheres Iluminando o Mundo" é uma ação do Ministério do Turismo e Governo Federal, através da Lei de Incentivo à Cultura, com a concepção e gestão da Umiharu Produções Culturais e Cinematográficas e conta com o patrocínio da EY, Arteris, 99, ABN-Amro e SMBC (Banco Sumitomo Mitsui Brasileiro), além do apoio da Rede Brasil do Pacto Global, ABBI, 30% Club, Talenses Group e InnSaeiTV. 

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