Riot quer ser empresa de entretenimento, tendo games ao centro

Com lançamento da série "Arcane" na Netflix – e na Tencent Video na China – a Riot Games aspira tornar-se uma empresa de entretenimento, com os games em seu centro. É o que explica a head de publishing da Riot no Brasil, Priscila Queiroz: "Começamos uma nova fase da Riot, entendendo que os games são o mainstream do entretenimento do século 21".

"Arcane" é a primeira série de TV da Riot Games. A série foi dividida em três atos diferentes, com três episódios por ato. Os três primeiros episódios têm foco no começo da vida de duas irmãs e foram lançados no dia 6 de novembro. Já o segundo ato estreou uma semana depois, dia 13 de novembro, seguido pelo terceiro ato, no dia 20 de novembro.

Ao trilhar o caminho para se tornar uma empresa de entretenimento a desenvolvedora de "League of Legends" busca ampliar a área de contato dos jogadores de diversas maneiras com o universo do jogo. "Sempre notamos o apetite dos jogadores pelas histórias dos campeões. A série animada permite imersão dos jogadores nesse mundo de outras maneiras", explica Queiroz. "Vínhamos pensando em maneiras de expandir para além do jogo com mais experiências em música, livros, quadrinhos, TV, cinema…", completa.

A criação de conteúdos de entretenimento ao redor dos games se dá através de um misto de parcerias e de uma forte equipe própria montada com esta finalidade. No caso de "Arcane", a primeira experiência, foi desenvolvida e produzida pela Riot Games em parceria com a Fortiche Productions.

A divisão interna é comandada pela presidente global de entretenimento da Riot, Shauna Spenley, que se juntou à companhia em janeiro deste ano, após 15 anos na Netflix, onde chegou a vice-presidente de marketing e publicidade. Spenley é responsável pelas áreas de cinema, televisão, música, a Riot Forge – que publica e distribui jogos de empresas independentes de games – e produtos de consumo. Também ex-executivo da Netflix, Brian Wright é o Chief Content Officer responsável pelo desenvolvimento de estratégias para cinema, TV e animação, respondendo a Spenley.

Segundo Queiroz, a empresa está explorando opções. O primeiro movimento foi abrir vagas para heads de cinema e de TV e coletar aprendizado desse momento. Com mais de 20 escritórios ao redor do mundo, a Riot não tem planos imediatos de desenvolver conteúdos de cinema e TV localmente, pelo menos de imediato. "A presença local é algo importante, não só no sentido de criar conteúdo regionalizado, mas em expandir a experiência do jogador localmente", explica. Neste ano, por exemplo, Daniela Mercury regravou seu clássico "O Canto da Cidade" para o primeiro aniversário do jogo "Valorant". A música faz parte da trilha do game que conta com personagem brasileira. "O brasileiro participa de uma comunidade que é global. Buscamos falar com o jogador brasileiro e transformar os produtos globais em algo feito para o brasileiro. Vamos continuar explorando oportunidades como essa", finaliza Queiroz.

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