Juliana Algañaraz assumiu a gerência geral da Endemol Brasil e conta que o principal desafio de sua gestão é posicionar a empresa como um produtora, não só como uma licenciadora de conteúdo. Vinda da Fox Brasil, onde desempenhava a função de diretora de operações e serviços de produção, Juliana já trabalhou em canais pagos e abertos e já teve uma produtora e acredita que sua experiência de produção pode ser uma vantagem competitiva importante para a Endemol.
A executiva, que se diz “apaixonada por TV”, está animada com o bom momento para a produção de televisão no Brasil e com as infinitas possibilidades que a empresa terá por aqui, com know how e ideias vindas dos mais de 80 países onde a multinacional atua. Consciente de que a TV aberta é o grande diferencial competitivo e a maior fonte de renda da Endemol e das competidoras no Brasil, Juliana conta que a TV por assinatura, com as oportunidades proporcionadas pela Lei do SeAC, será uma prioridade. “Queremos oferecer ficção para o cabo. Vou me transformar numa criadora de ideias e me associar a produtores independentes. Vamos dar preferência para formatos roteirizados”, diz Juliana. A aposta na TV paga acontecerá ainda que os resultados sejam incertos. “Vão ampliar os orçamentos, mas sempre terá um teto para a produção nacional”, observa ela.
A executiva pretende trabalhar com freelances e avalia contratar uma dupla criativa. Para os projetos em que não precisar entregar CPB, a Endemol Brasil Produções fará parcerias com produtoras fornecedoras de infraestrutura. Para os projetos em que o CPB for necessário, a Endemol se associará a pequenas e médias produtoras. A compra de uma produtora também é cogitada, segundo Juliana.
