Paris Filmes aposta na força da produção e do elenco de "Tá Escrito" para levar os jovens ao cinema

Larissa Manoela em "Tá Escrito" (Foto: Stella Carvalho)

Protagonizado por Larissa Manoela, o filme "Tá Escrito" chega aos cinemas no dia 14 de dezembro – e não no dia 7, conforme anunciado pelas produtoras anteriormente. O longa tem direção de Matheus Souza, ("Apenas o Fim" e "A Última Festa"), produção da Paris Entretenimento em coprodução com a Globo Filmes e Globoplay e distribuição da Paris Filmes. No elenco, também estão Karine Teles, Kevin Vechiatto, André Luiz Frambach e Victor Lamoglia. 

Na trama, Alice (Larissa Manoela) acha que os astros erraram com ela, até que um dia ela recebe um livro em branco, apenas com instruções que prometem que qualquer previsão astrológica escrita naquelas páginas se concretizará. Com o poder de influenciar a todos com as previsões que agora ela tem acesso, Alice se torna um fenômeno online, mas também deixa o mundo ao seu redor de cabeça para baixo. "Tá Escrito" aborda temas cotidianos de jovens adultos, passando por amizade, superexposição nas redes sociais, relacionamentos, descobertas, conflitos, trabalho e os desafios enfrentados pelos jovens. Thuany Parente, que está no elenco, também assina o roteiro ao lado de Mariana Zatz e do diretor Matheus Souza. Assista ao trailer: 

Trailer de "Tá Escrito"

"Estamos felizes de estar lançando esse filme leve, solar e jovem. É uma história que fala sobre horóscopo e astrologia – mas, para além disso, é sobre pessoas, comportamentos e como enfrentamos algumas questões nossas. E também é um filme moderno e inovador. Nos debruçamos sobre efeitos visuais e caprichamos no VFX. É um filme bonito e colorido, que tem como propósito trazer alegria e entretenimento e nos fazer desopilar do dia a dia", disse Verônica Stumpf, Head da Paris Entretenimento, em coletiva de imprensa realizada nesta segunda, 27. 

O diretor Matheus Souza, que traz no currículo outros projetos com elenco jovem e voltados para essa faixa etária, refletiu durante o evento: "O público jovem tem sempre uma cabeça mais aberta. É um público que está a fim de interagir com o filme, está disposto a amar aquele filme, tornar o filme o seu preferido. Todos os meus filmes preferidos foram aqueles que assisti quando adolescente. Nessa fase, assistimos aos filmes que nos marcam para a vida toda. Por isso acho muito legal ser um criador e um autor que oferece essa oportunidade, que dialoga com esse público jovem. Gosto muito dos jovens, estou sempre tentando interagir com eles para aprender e me manter atualizado". Souza acrescentou: "Muitas vezes escrevemos sobre redes sociais e internet de um ponto de vista mais 'tiozão', e acho isso errado. Nos meus filmes, eu tento mais dar um abraço nesses jovens do que fazer uma crítica. Prefiro dialogar, mais do que julgar". 

O diretor também falou sobre suas referências – entre elas, as principais foram os clipes de K-Pop. "O audiovisual sul-coreano é fantástico, e não só os filmes e séries. Isso se estende para a cultura pop deles como um todo. Queríamos fazer um filme dinâmico, colorido e pop. E, como eu queria uma referência diferente, me afoguei nesse mundo do K-Pop, e misturei tudo isso, claro, com referências de cinema diretamente. Busquei uma linguagem acelerada e um visual ousado para chegar nessa fórmula", contou. 

Lançamento nos cinemas 

A expectativa para a estreia nos cinemas é grande. Souza avaliou: "Adoro qualquer forma de assistir filme, mas meu amor é pelo cinema. 'Tá Escrito' é um filme criado por pessoas apaixonadas por cinema. Todos nós amamos cinema, e amar é uma coisa muito humana. Esse filme é muito humano. O diferencial é esse. Não é um filme criado por algoritmo, meio genérico, feito para agradar todo mundo. São pessoas que amam cinema, unidas, e que identificam pessoas que conhecem nessa história. Isso criou um filme muito identificável e diferente dos dias de hoje, em que tudo está mais genérico – as relações e as obras". 

Para buscar um diferencial que justificasse a estreia da obra nos cinemas, o diretor – que também é um dos roteiristas – explicou que quis misturar gêneros: "É uma comédia romântica que também tem ação, fantasia, cenas musicais. É um evento, feito para valer a pena o ingresso do cinema. Quis criar uma coisa humana, diferente, que se arrisque. Tem gente que vai achar o filme doido, outras vão achar fofo. Tudo isso faz parte do diferencial". Por fim, Souza ainda ressaltou a importância de resgatar o público para assistir especialmente a obras brasileiras nos cinemas. "Estamos nesse esforço – e acho que as pessoas não vão se decepcionar. Cinema nacional gera esse efeito coletivo, você assiste e um e quer ver outros. Precisamos retomar essa cultura do cinema nacional na tela grande", pontuou. 

Estratégia da Paris Filmes 

Em entrevista exclusiva para TELA VIVA, Jorge Assumpção, diretor da divisão de cinema na Paris Filmes, analisou: "O filme é uma aposta no público jovem, com uma protagonista tão querida quanto engajada, com mais de 53 milhões de seguidores nas redes sociais. 'Tá Escrito' representa o resgate ao cinema nacional com um tema que gera bastante curiosidade, além de também apresentar elementos de magia e comédia que trazem leveza para a história. Notamos a força da produção e do elenco quando lançamos o trailer, que teve mais de 15 milhões de visualizações em uma semana". 

Apesar de não ser restrito ao público jovem, "Tá Escrito" tem essa faixa etária como público-alvo, até pela escolha do elenco. No entanto, é importante ressaltar que os jovens já são bastante acostumamos a consumir audiovisual via plataformas de streaming e, até por conta da pandemia, perderam um pouco o hábito do cinema. Mas a Paris aposta no título como um grande impulsionador para levar esse público de volta aos cinemas. "A Paris é bastante diversificada quando se trata de distribuição e produção de filmes nacionais. Lançamos desde 'Pedágio', um filme denso com alívio cômico super premiado; passando por 'Meu Nome é Gal', que foi uma celebração a uma figura tão icônica e querida na música popular brasileira; até 'Tá Escrito', que é voltado ao público jovem, mas com um pezinho no público família. É um filme com grandes chances de levar crianças, adolescentes e adultos aos cinemas no período das férias de dezembro", aposta Assumpção. 

O diretor também destacou a astrologia como um tema universal. "É um assunto totalmente identificável, que gera curiosidade em pessoas de diferentes idades e gêneros – além de render muito engajamento em redes sociais. Só isso já é suficiente para atrair um número interessante de público nos cinemas. Além disso, o filme traz elementos que o torna ainda mais jovem: a direção do Matheus Souza traz leveza; a relação mãe-filha entre as personagens de Larissa Manoela e Karine Teles é um show à parte, que também deve gerar bastante identificação; os tons remetem aos clipes musicais de K-Pop e trazem uma explosão de cor na tela e os elementos gráficos usados na produção são um diferencial", conclui. 

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