Secretária do Audiovisual anuncia editais de internacionalização em evento em Belo Horizonte 

(Foto: Leo Fontes/ Universo Produção)

Na manhã da última quinta-feira, dia 28 de setembro, a Secretária do Audiovisual, Joelma Gonzaga, participou de uma mesa de debates na 17ª CineBH e no 14º Brasil CineMundi. Ela fez dois anúncios relativos à internacionalização do cinema brasileiro que serão oficializados na primeira semana de outubro pela Secretaria do Audiovisual, vinculada ao Ministério da Cultura. 

A Secretária adiantou duas linhas de financiamento. A primeira consiste em bolsas de estudo para brasileiros em formação na Escuela Internacional de Cine y Television de San Antonio de los Baños, em Cuba. O edital, previsto para ser fluxo contínuo ao longo dos anos, permitirá propostas de manutenção de alunos e alunas numa das mais importantes escolas de formação em cinema no mundo. Outra ação da SAV será um edital de financiamento à circulação de filmes brasileiros em festivais no exterior.

No evento, ela ainda defendeu pontos a serem inseridos numa política de marco regulatório do streaming: "Vamos defender o direito patrimonial e a propriedade intelectual das produções independentes, que consideramos inegociável. Também vamos propor uma cota de catálogo nas plataformas, para que produções brasileiras tenham destaque nas buscas; ações afirmativas; obrigação de investimento direto das plataformas em produção brasileira e transparência na apresentação de dados e evidências métricas de consumo para sabermos os efeitos das políticas públicas e da movimentação do setor". 

Por vídeo, o Senador Humberto Costa (PT), proponente de um projeto de lei de regulação do VOD que pode ser votado em  breve, destacou o fato de o Brasil ter 65% de pessoas assistindo a filmes por streaming com regularidade e o segundo país em arrecadação de assinantes da Netflix. "Tudo isso acontece num limbo e na ausência de regulação a essas empresas de mídia, que não seguem as mesmas regras que os canais de TV", disse o Senador. "Meu projeto é pautado em quatro eixos: contribuição das empresas, estímulo ao consumo de títulos brasileiros, regulação de empresas estrangeiras e estímulo à diversidade e regionalização. É um projeto que enfrenta muita pressão contrária das grandes corporações", acrescentou. 

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