Entre os dias 2 e 9 de novembro, Paraty recebe a terceira edição da Mostra Sesc de Cinema – essa é a primeira vez que a abertura do evento acontece na cidade. Neste ano, o evento presta uma homenagem à Adélia Sampaio, primeira mulher negra a dirigir um longa-metragem – o filme “Amor Maldito”, de 1984 – no Brasil.
Ao longo de uma semana, o festival exibe 42 filmes selecionados, sendo 32 deles parte da Mostra Panorama Brasil e outros 10 do Panorama Infanto-Juvenil que compõem Mostra Sesc de Cinema 2019. As sessões acontecem na Unidade Sesc Santa Rita e no Cinema da Praça. Além das exibições das obras, a programação contempla ainda oficinas, mesas de debates sobre as produções e demais temas relacionados ao atual cenário do audiovisual no Brasil e duas pré-estreias: “Rua Guaicurus”, de João Borges, e “Nois por Nois”, de Aly Muritiba.
No domingo, dia 3, o destaque da agenda é a sessão em homenagem à Adélia Sampaio, com a exibição de “Amor Maldito” às 18h30 e debate com a cineasta na sequência. Já na segunda, dia 4, é a vez da diretora Junia Torres, de “A Rainha Nzinga Chegou”, assistir ao seu filme ao lado do público e conversar com ele depois. Por fim, no dia 9, sábado, serão anunciados os cinco filmes de destaque da Mostra – estes serão escolhidos a partir de votação popular e de um júri formado por cinco profissionais da área, sendo um representante de cada região do país.
A agenda de oficinas traz os temas “Crítica de Cinema Feminista”, com Isabel Wittmann, nos dias 2 e 3 de novembro; “Curadoria e Programação em Cinema: Reflexões Teóricas e Práxis Crítica”, com Amaranta Cesar, nos dias 3 e 4; “Como produzir, realizar e distribuir um filme de baixo orçamento”, com Cavi Borges e Patricia Niedermeier, de 4 a 8, entre outras.
Fazem parte da programação de filmes os longas “Estrangeiro” (PB), escrito e dirigido por Edson Lemos Akatoy e que mostra uma viagem sensorial e poética nas memórias de Elisabete; “Abrindo as Janelas do Tempo” (SC), de Santiago José Asef, que traduz uma história de amor, perda, espera e aceitação; os médias-metragens “Catadora de Gente” (RS), um depoimento sobre os preconceitos e a dura trajetória de Maria Tugira Cardoso, que trabalha como catadora, e o documentário “O céu dos índios Desâna e Tuiuca” (AM), que tenta desvendar a astronomia indígena produzida por estas etnias amazônicas, entre outros títulos. A programação completa está disponível no site do Sesc.
