Operação de "Porta dos Fundos" quase se paga só com o YouTube

Ian SBF, realizador do hit da Internet "Porta dos Fundos", contou que as operações da produtora são quase inteiramente pagas pelo YouTube. Ele deixou uma crítica ao sistema de remuneração da plataforma de vídeos. "Minha esperança é tentar mudar o sistema de pagamento do Google. Acho muito injusto a gente ter um CPM (Custo por Mil) igual ao de um cara que filma outro cair no palco", disse.

A maior parte das receitas da produtora vem da publicidade e da produção de vídeos para terceiros, como o vídeo que fizeram para a rede de restaurantes Spoleto. Produzir para marcas, no entanto, é uma tarefa complicada para a equipe de "Porta dos Fundos". "Sempre que a gente pensa em marcas, a gente pensa em 'escrotizar' as marcas. O Spoleto entendeu a brincadeira e procurou a gente e perguntou como participar disso", afirma SBF. Segundo o realizador, é difícil conciliar as propostas do programa de humor com as marcas. "A gente não faz o que a gente acha que é ruim. Nos perguntamos: dá para fazer? É engraçado? Funciona para a gente?", explica. SBF conta que já houve casos de marcas que pediram o conteúdo, mas não tiveram coragem de utilizá-lo. "Esse não é o nosso nicho. Queremos parar de fazer isso".

O "Porta dos Fundos" ganhou aplicativo, estuda o licenciamento e propostas de ir para a TV. SBF conta que recebe mais propostas da TV aberta. "A gente já teve conversas com a televisão e sempre se depara com o problema. Não queremos fazer televisão, queremos fazer o 'Porta dos Fundos' na televisão", diz.

O realizador de "Porta dos Fundos" participou do Congresso TV 2.0, evento que a Converge Comunicações promoveu em São Paulo nesta quinta-feira, 4.

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