Desenvolver formatos locais exige alto investimento

Carla Affonso, da Zodiak, e Fernanda Telles, da Fremantle, participaram de um painel sobre produção para o mercado global na manhã desta quinta-feira, 5, no Fórum Brasil de Televisão. Representantes de duas empresas de formatos, elas defendem formatos locais que possam emplacar no mercado nacional e também viajar. "A cada 30 formatos criados um dá certo, é preciso investir em equipe e muita pesquisa", destacou Carla.

Ontem, o diretor-presidente da Ancine, Manoel Rangel, esclareceu que, de acordo com a lei 12.485, que define novas regras para o setor de TV por assinatura, formatos poderão cumprir cotas de programação nacional nos canais pagos desde que tenham sido criados no Brasil. "Esta lei existe para criar um mercado. Isso vai possibilitar que o mercado cresça. O mercado crescendo, tendo volume, a questão dos custos vai ser natural", explica Carla Affonso. Fernanda Telles contou que a Fremantle está criando núcleos específicos de desenvolvimento de produto para o mercado de TV paga.

Tanto a Fremantle quanto a Zodiak têm trabalhado com canais abertos com diferentes modelos de negócio, como licenciamento e coprodução. Fernanda observa que apesar de todos os formatos serem hoje criados para múltiplas plataformas, a TV aberta não tem sido rápida na adoção destes produtos. "É preciso muito dinheiro para investir em multiplataforma, não é simples. Tem que ser uma preocupação de produtoras e do cliente também", observa a executiva da Fremantle. Entre as tendências em formatos, as duas apontam os realities musicais, os de talento e os de relacionamento.

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