A Grass Valley passou os últimos 18 meses “arrumando a casa”, e prepara para o próximo ano uma renovação completa de sua linha de produtos, contou nesta sexta, 7, o presidente e CEO da empresa, Alain Andreoli, em apresentação na IBC, em Amsterdã.
Segundo ele, a companhia realizou uma reestruturação interna, organizando os processos administrativos e financeiros e também unificando as áreas de P&D, oiginárias das diferentes empresas que se incorporaram à Grass Valley ao longo dos anos.
A próxima fase do processo, conta, é o que foi batizado internamente de SPEED, acrônimo para Softwares and Services, Product, Economic value, Emerging markets e Distribution. Ou seja, a empresa aponta para um desenvolvimento de produtos cada vez mais baseado em software, com foco nos mercados emergentes e uma grande estrutura de distribuição e atendimento.
Chama a atenção a questão do "econômico”. Em uma pesquisa realizada junto a broadcasters, a marca foi associada a qualidade e confiabilidade, mas também aos preços altos. Nesta nova fase, diz Andreoli, a ideia é atender a todos os mercados, com produtos desenhados para o mercado médio, mas que podem ter versões mais econômicas ou mais high-end de forma modular. “Não queremos mais ser o Rolls Royce dos equipamentos, mas sim um carro que todos podem ter”, disse o executivo.
O chief marketing officer da Grass Valley, Graham Sharp, apresentou a nova linha de produtos (24 ao todo) que está sendo lançada nesta IBC, e que a empresa garante que terá total compatibilidade com a renovação prevista para o próximo ano.
A principal novidade é a nova família de câmeras LDX, equipadas com um chip do tipo CMOS batizado de Xensium FT, desenvolvido inteiramente pela própria Grass Valley. A família conta inicialmente com três modelos: LDX Première, LDX Elite e LDX WorldCam, com preços que vão de US$ 60 mil a US$ 100 mil. Além de inovações na ergonomia, com um novo apoio de ombros, a câmera tem uma série de funções que podem ser habilitadas por software, como o super slow motion.
