Com quase 250 pontos de presença, rede CDN da Globo figura entre as três maiores do país 

Celso de Melo (ao centro na imagem), Product Owner da Globo, fala no Set Expo sobre CDN (Foto: Tela Viva)

Com o objetivo de atender a uma demanda de mercado e a alta expectativa dos usuários, a Globo começou em 2019 o processo de construção da Globo CDN, a fim de levar ao público final uma melhor experiência de consumo, transmitindo conteúdo com qualidade e baixas latência e bufferização. Nesta quarta-feira, dia 9 de agosto, Celso de Melo, Product Owner da empresa, ministrou uma apresentação no SET Expo 2023 para falar especificamente dessa empreitada do grupo. 

"É quase impossível falar sobre distribuição de conteúdo sem considerar as CDNs, especialmente pensando em melhoria de experiência de consumo de vídeo. Na Globo, essa expansão começou de fato em 2019. Antes, éramos mais concentrados no Rio de Janeiro e São Paulo – que ainda são nossas principais bases, mas precisávamos expandir", contou Melo. 

A partir daí, o grupo começou a investir nos PoPs, que são os pontos de presença, isto é, o centro da infraestrutura de CDN. O primeiro passo foi utilizar as regionais – Belo Horizonte, Distrito Federal e Recife. "Assim já compreendemos uma parcela considerável do país, geograficamente falando. Essa estrutura 'zero', que é a do Rio e de São Paulo, contém todo o conteúdo de vídeo da Globo. Quando saímos do eixo, criamos estruturas robustas, porém menos densas. Nas estruturas regionais temos exclusivamente conteúdo de vídeo, enquanto as outras incluem ainda bancos de dados e APIs, por exemplo. De qualquer forma, é muito conteúdo retido – tanto de catálogo quanto de canais ao vivo", explicou. 

Em um segundo momento, a Globo começou a utilizar a estrutura de suas afiliadas – que não são emissoras de propriedade da Globo, mas grandes parceiras no contexto de TV. "Entendemos que seria uma boa estratégia espalhar estruturas nessas afiliadas. Foi nesse momento que fomos para o Sul, por exemplo, e para outras regiões do Nordeste, como Fortaleza. Depois da camada zero, no Rio e São Paulo, e da camada um, nas regionais, chegamos então a essa camada dois, com as afiliadas", detalhou. 

Por fim, para otimizar ainda mais essa distribuição e aproximar o conteúdo do usuário, a Globo partiu para uma pulverização via operadoras, inicialmente com Oi e Vivo. "Isso aumentou a qualidade do conteúdo que os usuários recebem. Diferente de como era no começo, agora o usuário está fisicamente próximo do seu conteúdo. Diminuímos a latência e a bufferização – e as operadoras foram cruciais nesse sentido. O Brasil tem muitas operadoras – são mais de 7 mil, entre grandes e pequenas – e esse é um grande diferencial", pontuou. 

No último mês, a Globo atingiu a marca de 200 PoPs. Mas a operação avança em larga escala e, hoje, já está quase em 250, fazendo com que a rede CDN da Globo esteja entre as três maiores do país, junto de YouTube e Netflix. 

Conteúdo em 4K 

Visando justamente uma melhor qualidade de vídeo para sua audiência, a Globo tem apostado cada vez mais em transmissões em 4K, e a primeira experiência com esse tipo de transmissão de um conteúdo ao vivo foi com o festival Rock in Rio. "Foi um laboratório para entendermos de que maneira isso funcionava na CDN", lembrou Melo. Pouco tempo depois, teve início a Copa do Mundo de 2022 – que foi inteiramente transmitida em 4K para assinantes do Globoplay + Canais ao Vivo – e conquistou bons resultados e importantes marcos, como o de 2,9 milhões de usuários simultâneos na plataforma e o de 2 milhões de plays em um único minuto. Tudo isso sendo suportado pela arquitetura resiliente e modularizada da Globo CDN. 

Nas transmissões, foi registrada uma latência de oito a nove segundos no comparativo com o broadcast. "Para nós, é um marco importante, porque estamos falando de um conteúdo de altíssima qualidade. É o indicador de que o que temos feito em relação à distribuição de CDN tem sido bem sucedido", celebrou o especialista. 

"Esse tipo de transmissão é um caminho sem volta. O desafio é manter uma boa experiência unificada para todo mundo, independente do device. Temos uma grande preocupação com a maneira que faremos essa expansão de CDN. Expandir por expandir não é a melhor estratégia. Precisa fazer da melhor maneira, entendendo todas as variáveis", concluiu. A Globo segue nesse caminho e não descarta uma expansão de CDN internacional no futuro. 

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