114 filmes de 19 estados integram a seleção da 24ª Mostra Tiradentes

A 24ª Mostra de Cinema de Tiradentes será realizada de forma online, por meio do site do evento, entre os dias 22 e 30 de janeiro de 2021. Uma seleção de 114 filmes, entre longas e curtas-metragens, de 19 estados brasileiros, reúne o que há de mais recente na cinematografia brasileira contemporânea apresentando a diversidade do setor, mesmo no cenário da pandemia e das demais dificuldades enfrentadas pelos profissionais da área nos últimos anos. 

A coordenação curatorial do evento é assinada pelo crítico Francis Vogner dos Reis, que também assina com a pesquisadora Lila Foster a seleção de longas-metragens. A seleção de curtas-metragens foi feita por Camila Vieira, Tatiana Carvalho Costa e Felipe André Silva. Os filmes estarão distribuídos nas seguintes mostras: Aurora, Olhos Livres, Temática, Homenagem, Foco, Panorama, Foco Minas, Praça, Formação, Sessão da Meia-noite, Jovem e Mostrinha. Vários deles vão contar com debates ao longo do evento, nos Encontros com os Filmes, com a presença de diretores, equipes de produção e críticos convidados. A abertura do evento será no dia 22, com o filme inédito e em finalização "Ostinato", dirigido pela homenageada desse ano, Paula Gaitán. O encerramento no dia 30 terá a pré-estreia de Valentina (MG), de Cássio Pereira dos Santos.

Representatividade 

Entre os longas-metragens, a organização da 24ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes recebeu 111 inscrições válidas de longas-metragens e selecionou 27 filmes. Pelos dados de etnia/raça de realizadores com longas inscritos, 81 realizadores se autodeclararam brancos/caucasianos, 17 negros, 14 pardos, um asiático, um mestiço, três indígenas, um não-branco e 17 não se autodeclararam. Em identidade de gênero, 70 se autodeclararam homens cisgênero, 44 mulheres cisgênero, dois não binárie, uma mulher transgênero. 18 não forneceram informações sobre identidade de gênero. Entre os 27 selecionados, oito se autodeclararam mulheres cis brancas, duas mulheres cis negras, uma mulher cis indígena, uma mulher trans branca, 18 homens cis brancos, três homens cis negros, três homens cis pardos e um homem cis indígena.

Nos curtas-metragens, foram 748 trabalhos inscritos. Pelos dados de etnia/raça autodeclarados pelos realizadores, foram 403 brancos/caucasianos, 124 negros, 75 pardos, , nove asiáticos, cinco indígenas, um afroindígena e um não-branco. Nos dados de identidade de gênero, também autodeclarados, constam entre os inscritos 308 homens brancos cisgênero, 252 mulheres cis, um travesti, um travesti não-binário, 3 homens transgêneros, cinco mulheres transgêneros e 15 não-binários. Considerando os 79 curtas-metragens selecionados, os dados de raça e gênero de realizadores são de oito mulheres cis negras, duas mulheres cis pardas, 26 mulheres cis brancas, uma mulher cis indígena, uma mulher trans amarela, uma travesti negra, dez homens cis negros, um homem cis pardo, 21 homens cis brancos, um homem trans branco, dois não-binários brancos e um não-binário negro.

Mostras 

Entre os destaques da programação, está a Mostra Aurora, dedicada a filmes de realizadores com até três longas-metragens, que conta com produções inéditas em circuitos de festival. De estética inventiva e realizados com poucos recursos, os sete trabalhos são: "Açucena" (BA), de Isaac Donato; "Oráculo" (SC), de Melissa Dullius e Gustavo Jahn; "Rosa Tirana" (BA), de Rogério Sagui; "Kevin" (MG), de Joana Oliveira; "A Mesma Parte de um Homem" (PR), de Ana Johann; "O Cerco" (RJ), de Aurélio Aragão, Gustavo Bragança e Rafael Spíndola; e "Eu, Empresa" (BA/MG), de Leon Sampaio e Marcus Curvelo. Todos vão ser avaliados pelo Júri da Crítica e concorrem ao Troféu Barroco e a prêmios de parceiros da Mostra.

Já a Mostra Olhos Livres se notabiliza pela diversidade de olhares e formas e por não ter conceitos fechados ou critérios uniformizantes. Consolidou-se como uma mostra competitiva que esboça um panorama mais amplo de algumas das proposições mais instigantes do cinema contemporâneo brasileiro, em vários casos de títulos ou realizadores com alguma repercussão prévia em eventos de cinema de alcance nacional ou internacional. Em 2021, os selecionados são: "Irmã" (RS), de Luciana Mazeto e Vinícius Lopes; "Amador" (GO/MG), de Cris Ventura; "Subterrânea" (RJ), de Pedro Urano; "N?h? yãg m? yõg hãm: Essa Terra é Nossa!" (MG), de Isael Maxakali, Sueli Maxakali, Carolina Canguçu e Roberto Romero; "Rodson ou (Onde o Sol não Tem Dó)" (CE), de Cleyton Xavier, Clara Chroma e Orlok Sombra; e "Voltei!" (BA), de Ary Rosa e Glenda Nicácio. 

A programação completa, que é oferecida gratuitamente ao público, pode ser conferida no site da Mostra Tiradentes e nas redes sociais da Universo Produção, como Instagram e YouTube

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