YouTube investe em conteúdos profissionais e quer brigar pela publicidade

Famoso pelos conteúdos gerados pelos usuários (UGC, ou user generated content), que o transformou em uma das maiores forças da Internet, o YouTube vem apostando mais em conteúdos profissionais para se consolidar como veículo e concorrer com a mídia tradicional.

Em 2012, o site terá novos canais com conteúdos como "Stan Lee World of Heroes" e o guru Deepak Chopra, além de séries desenvolvidas por talentos da TV, como o criador da série "CSI".

O vice-presidente de parcerias globais de conteúdo do site, Robert Kyncl, fez o último keynote do CES 2012 nesta quinta, 12, em Las Vegas, dando alguns números que mostram que o YouTube já pode ser visto como uma potência em atração de audiência, com seus 800 milhões de usuários e 3 bilhões de horas de vídeo assistidas por mês, ou 30 minutos por habitante do planeta.

Ele citou o caso da modelo Michelle Phan, uma das estrelas do site. Conhecida apenas por seus vídeos no YouTube, foi notada pela Lóreal e virou estrela de campanhas da marca de cosméticos Lancôme. Segundo Kyncl, os vídeos de Michelle na Internet geram duas vezes mais audiência que programas similares no canal a cabo Style. O mesmo, disse, vale para canais como Vevo e Mashinima, que têm audiências massivas no YouTube.

Ele lembra que na década de 1980, apenas quatro canais de TV nos EUA detinham 100% da audiência. Com a TV a cabo, 75% do público migrou para os canais de nicho. Na projeção de Kyncl, em 2020, esta fatia de 75% da audiência estará espalhada em mais de mil canais de nicho, específicos. "Nos EUA há 17 milhões de praticantes de yôga, e nenhum canal para eles. Tenho certeza que paracerá um canal online para este público", disse.

Publicidade

Segundo o executivo, agências e anunciantes já percebem o potencial desta mídia. Uma campanha da Coca-Cola no YouTube teve, segundo ele, 30 milhões de views. Mas a companhia decidiu dar a chance para os próprios usuários criarem seus comerciais, e estes vídeos geraram outros 120 milhões de views para a marca.

"Em alguns anos, 90% do tráfego da Internet será vídeo. Até 2015 serão vendidas 500 milhões de TVs conectadas. E até o fim deste ano serão ativados mais de 700 milhões de dispositivos móveis com Android. Isso é maior que o número de bebês que nascerão no período", reforçou.

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