Depois de dois anos à frente da Procuradoria Especializada da Anatel, a advogada Ana Luiza Valadares pode deixar a equipe jurídica da agência reguladora. Ana Luiza comunicou sua intenção de deixar a agência ao presidente da autarquia, embaixador Ronaldo Sardenberg, na noite dessa segunda-feira, 14. Para se afastar da procuradoria, a advogada ainda precisa do aval do advogado-geral da União, Luis Inácio Adams, e da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, de acordo com o rito de nomeação e desligamento de procuradores públicos.
O encontro com o comando da Advocacia-Geral da União (AGU) deve ocorrer nesta quarta, 16. Caso Adams aceite o pedido de demissão, a AGU encaminhará o caso à Casa Civil para a última chancela. Como ainda não há confirmação formal do desligamento, Ana Luiza não fala quais motivos a levaram a sair da Anatel. Ao ser questionada por esta reportagem se havia atritos entre a procuradoria e a presidência da Anatel durante sua gestão na equipe jurídica que justificassem a saída, a procuradora respondeu: "De forma alguma. Minha relação sempre foi profissional e diplomática com o Conselho Diretor".
Uma vez aceito o pedido de desligamento, Ana Luiza pretende fazer uma "quarentena" voluntária caso não continue na administração pública. Ele também guarda segredo sobre os planos para o futuro. Autoridades da Anatel ouvidas por este noticiário lamentaram a saída da procuradora.
Dois nomes já aparecem como possíveis sucessores da procuradora. O nome preferido da Anatel é o do corregedor da agência, Henrique Augusto Gabriel. Procurador de carreira, Gabriel assumiu a corregedoria da Anatel neste ano, mas também atuou na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), como secretário-geral da autarquia. Outro nome possível para o cargo é o do consultor jurídico do Ministério das Comunicações e presidente da comissão organizadora da 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), Marcelo Bechara.
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