A disputa pelos direitos de transmissão em TV por assinatura do Campeonato Brasileiro pode recomeçar bem antes do vencimento dos contratos atuais. De acordo com matéria do jornal O Estado de São Paulo, a Turner comunicou os oito clubes com os quais tem acordo até 2024 para TV por assinatura que pretende negociar o rompimento dos contratos.
Com isso, é possível que os clubes recuperem seus direitos para vender a outro grupo de mídia.
Ainda de acordo com a publicação, os times parceiros da Turner devem se reunir para levar uma posição única para a empresa.
Histórico
A Turner começou a investir no futebol brasileiro em 2013, quando se tornou sócia do Esporte Interativo (EI), com uma participação de 20%. Em 2015, assumiu o controle do grupo nacional. Além dos R$ 80 milhões iniciais, investidos na aquisição de 20% do EI, estima-se que o grupo americano tenha empenhado outros R$ 400 milhões na compra dos outros 80%, mais investimentos em infraestrutura, pessoal e novos direitos.
Em 2016, anunciou acordo com 15 clubes para ter os direitos de transmissão de suas partidas no Campeonato Brasileiro por seis anos, a partir de 2019. À época, estimava-se um custo de cerca de R$ 250 milhões por temporada. Com isso, o grupo estava comprometido a investir pelo menos R$ 1,5 bilhão, apenas em direitos, durante seis anos.
Os canais de TV com a marca Esporte Interativo foram desativados pela Turner em 2018, portanto antes da estreia do Campeonato Brasileiro nas grades dos canais da programadora. A marca seguiu apenas no digital. No final daquele ano, a Turner anunciou que levaria seus direitos esportivos, o que incluía a Champions League e a Nations League, para sus canais mais generalistas da TV por assinatura, apostando em um modelo superstation de canais.
Embora a estreia no Campeonato Brasileiro, em 2019, tenha colocado o canal TNT em primeiro lugar entre as emissoras da TV paga e em quarto lugar considerando todos os canais da TV brasileira, a audiência não se manteve até o fim do campeonato.
