No Brasil, séries atingem 88% da audiência da TV paga

A NBCUniversal promoveu nesta terça-feira, dia 3 de agosto, o evento "Séries que te movem", que nesta edição trouxe uma releitura do estudo "Paixões em Séries", uma evolução de um material apresentado em 2018. "À frente das marcas Universal TV, Studio Universal, SYFY, Amo Séries e Universal+, nos sentimos à vontade para liderar esse estudo, que investiga como e o porquê do consumo de séries seguir crescendo tanto", declarou Gabriel Williams, responsável pela área de marketing e produto da NBCUniversal Brasil. 

A pesquisa – que se desenvolveu por meio de uma metodologia qualitativa e quantitativa, com uma série de entrevistas em diversas regiões e foi atualizada a partir de dados internos e dados de mercado – explora temas relacionados à história das séries no universo televisivo, perfil dos consumidores, comportamento e consumo e o que mudou durante o período de pandemia, mostrando como as séries se tornaram cada vez mais relevantes ao longo do tempo e refletem a sociedade. O estudo foi apresentado por Yuan Wong, profissional de Inteligência de Mercado da área de marketing e produto. 

Reconhecimento 

Os brasileiros realmente gostam de assistir séries: 86% dizem que elas são seu meio de entretenimento favorito e 52% gostam de assisti-las com companhia de família ou amigos. 

O estudo mostra que, mais do que ver rostos conhecidos nas telas, grande parte dos brasileiros querem se reconhecer nos personagens: 69% do público, por exemplo, afirma que encontrar personagens que passam pelas mesmas situações que eles é um fator decisivo na escolha do conteúdo. Já 79% sentem que, atualmente, as séries e filmes retratam suas realidades mais do que antes. Outro dado interessante revela que 85% dos brasileiros LGBTQIA+ sentem que as séries que abordam o tema ajudaram suas famílias na compreensão sobre diversidade, enquanto 81% que não são LGBTQIA+ disseram que assistir personagens dessa comunidade os fizeram se sentir mais conectados com essas pessoas. 

Impacto da pandemia 

A pandemia ampliou ainda mais o consumo de séries e seu caráter agregador ficou ainda mais evidente: 50% dos entrevistados afirmaram que assistiram mais séries, filmes e programas com a família em 2020. Com o isolamento social, mais gente passou a procurar esse tipo de conteúdo: 45% começaram a assistir novas séries, 47% afirmaram estar assistindo mais séries internacionais do que antes e 57% disseram que séries são sua principal forma de diversão durante a quarentena.

E mesmo com uma situação econômica desafiadora, as pessoas assinaram mais serviços e expandiram as horas de consumo de TV ao longo do dia, com aumento principalmente na madrugada e à tarde.

"Acreditamos que as séries são os conteúdos mais democráticos que existem por representarem um pouquinho de cada um de nós. Há séries para todos os gêneros, classes, gostos e idades. Mas além dessa classificação mais ampla, as séries conversam com os mais diferentes grupos, comunidades e camadas, e têm sido verdadeiramente uma companhia nestes tempos", afirma Williams. 

Força do digital 

O ecossistema das séries praticamente pararia se não fosse a comunidade de fãs gerando buzz, conversas, engajamento e conteúdos sobre as séries no ambiente digital. Na internet, pesquisas pelo termo "Assistir Séries" cresceram +3400% desde 2018. Ao mesmo tempo, as visualizações de conteúdos em vídeo sobre o tema – em canais como YouTube, Instagram e Facebook, por exemplo – cresceram em 260% nos últimos três anos; Já os uploads cresceram 130%, identificando que a demanda supera a oferta. O engajamento em vídeos subiu 27%, sendo o Facebook e o Instagram as redes de maior volume. 

"Nessa engrenagem, os creators se juntam aos canais / plataformas e aos anunciantes em parcerias, gerando assim maior alcance e engajamento. Ao haver equilíbrio entre esses players, além do resultado ser um conteúdo verdadeiro, também usamos de cada uma dessas instâncias seus respectivos alcances e as afinidades com seus públicos. É uma comunicação 360, que atinge um número de pessoas ainda maior", analisa Williams. 

Séries e a TV paga 

Os dados da pesquisa também apontam que a audiência do gênero na TV por assinatura continua crescendo, mesmo dentro de um cenário altamente competitivo, e teve um incremento de 52% desde 2014.  "A TV por assinatura foi onde as séries encontraram, pela primeira vez, um lar para falar com seus grupos, comunidades e nichos. Canais dedicados ao gênero puderam conectar as diferentes narrativas ao seu respectivo público", observa o estudo. A TV por assinatura atinge, hoje, cerca de 42 milhões de pessoas por mês, e as séries alcançam 88% delas – ou seja, cerca de 37 milhões de pessoas. 

Outro recorte expressivo que vale ser destacado é que o segmento de canais de séries e filmes foi o que recebeu maior investimento publicitário na TV Paga em 2020, ficando à frente de segmentos como esportes e notícias. Foram mais de 2 milhões de horas de séries assistidas neste ano. 

"O alcance da TV paga ainda é grande. Podemos observar isso quando vemos que o Universal TV segue na liderança de audiência da TV por assinatura entre os canais da categoria 'Filmes e Séries'. O canal registrou um crescimento de 31% de audiência desde 2019, o maior da categoria, tendo um aumento de 46 minutos no tempo médio assistido por dia. Temos hoje as seis séries mais assistidas da TV paga e estamos no 3º lugar geral no ranking", reforça Williams. As seis séries mais assistidas da Pay TV as quais ele se refere são "Chicago Fire" (foto), "Chicago P.D.", "Chicago Med", "Law & Order: SVU", "FBI" e "FBI: Most Wanted". 

Expectativas para o futuro

Para o próximo ano, o executivo enxerga um possível boom de estreias no primeiro semestre, uma vez que muitas produções ficaram paralisadas por conta da pandemia. "A questão da pandemia impactou o mundo como um todo – no nosso segmento, tivemos dois reflexos. A audiência, que aumentou muito, registrando inclusive quebra de recordes, e por outro lado o impacto nos calendários de produção. Acreditamos que exista uma demanda reprimida e também uma oferta. Provavelmente teremos um começo de ano bem aquecido no quesito de estreias", conclui. 

A íntegra do estudo "Paixões em Séries" já está disponível na Plataforma Gente. 

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