NHK prevê TV de super definição e 3D sem óculos

Uma TV com definição 16 vezes superior ao HD atual. Vídeos 3D perfeitos, que podem ser vistos sem o uso de óculos especiais e sem fadiga da visão. São alguns dos temas pesquisados pela emissora japonesa NHK, apresentados no congresso da SET nesta quarta, 24.
O pesquisador Takayuki Ito apresentou o roadmap da empresa para os próximos três, dez e 20 anos.
No curto prazo, a tendência é o HybridCast, a mistura de broadcast com broadband, algo que já começa a acontecer com as TVs conectadas e caixas over-the-top (OTT).
Ito mostrou as possibilidades do uso sincronizado da transmissão broadcast com a banda larga, como o uso de redes sociais para recomendação de programas ou comentários durante a programação. A transmissão híbrida também está sendo estudada para o envio de informações adicionais à programação, como múltiplas legendas e idiomas ou transmissão multicâmera.
Super Hi-Vision
Para o médio prazo, os estudos da NHK se focam na TV de altíssima definição, chamada Super Hi-Vision (SHV). O sistema permite resolução de 7680×4320, com áudio em 22.2 canais, sendo 11 apenas frontais.
Ele mostrou a evolução das câmeras, com quatro sensores CMOS de 8 megapixel. A primeira versão, de 2002, pesava 80 kg. A atual, "apenas" 20 kg. Ito prevê o uso desta tecnologia em 2020, mas já fala em testes nas Olimpíadas de Londres e do Rio, em 2012 e 2016.
Um grande desafio está na transmissão destas imagens, pois segundo ele demandam um bitrate de 143 Gbps.
3D espacial
Finalmente, no horizonte de 20 anos, está a geração de imagens em 3D "real", ou seja, sem o uso de óculos polarizadores, sem o efeito de fadiga visual e com imagens que podem ser vistas de diferentes ângulos. Curiosamente, a base teórica para o desenvolvimento desta tecnologia são experimentos ópticos feitos por M. G. Lippman em 1908. A tela usa milhões de microlentes para gerar uma imagem tridimensional "real" na frente do espectador.

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