TV pública pede TV digital com multiprogramação

As associações das emissoras de televisão que atuam no campo público divulgaram nesta segunda, 28, um manifesto que, entre outros pontos, pede a adoção da multiprogramação na TV digital e diz que se unirão para articular seus interesses na discussão. Através da carta Pela Unidade do Campo Público da Televisão, as associações lembram que o campo público da televisão congrega mais de 140 estações geradoras de programação e cerca de 2000 retransmissoras e repetidoras em todo o território nacional. Ainda, destacam que a TV educativo-cultural, a TV universitária, a TV legislativa, a TV comunitária e a TV institucional desempenham funções específicas e complementares, "identificando-se na missão de contribuir para o desenvolvimento cultural e espiritual dos brasileiros, e para o fortalecimento da cidadania", mas não se definem em oposição à televisão privada, "nem contesta a opção prioritária desta por conteúdos de entretenimento".

Debate tecnológico

O documento diz que "a TV pública deseja apresentar-se articulada e unida em todos os debates tecnológicos, conteudísticos e regulatórios que se propuserem no Brasil" e diz que devem convergir seuss esforços para a constituição de um organismo articulador permanente, "que materialize a sua disposição de permanecerem unidas e solidárias, na defesa de um modelo de televisão que contribua para o desenvolvimento do país e para melhores condições de vida a todos os brasileiros".
O modelo proposto pelas TVs públicas na tecnologia digital na transmissão de televisão terrestre, é a oferta de novos canais ao público através da multiprogramação, lembrando que "a introdução de mecanismos de ampla comunicação e interatividade entre as emissoras e a audiência são do mais alto interesse do desenvolvimento social e cultural do país, devendo ser priorizados sobre quaisquer outras possibilidades trazidas pela nova tecnologia".
Assinam a carta o presidente da Associação Brasileira das Emissoras Públicas, Educativas e Culturais (Abepec), Jorge da Cunha Lima; o presidente da Associação Brasileira de Televisão Universitária (ABTU) Gabriel Priolli; o presidente da Associação Brasileira das Televisões e Rádios Legislativas (ASTRAL), Rodrigo Barreto de Lucena; e o presidente da Associação Brasileira de Canais Comunitários (ABCCOM) Fernando Mauro Trezza.

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