A GVT anunciou durante a Futurecom um videofone, carro-chefe de uma família de produtos de nova geração (NGN) destinados, inicialmente, ao mercado corporativo. Para oferecer esses serviços, a operadora começou a instalar uma rede baseada em tecnologia NGN em 2001. A infra-estrutura está pronta em 12 das 55 cidades em que atua. A migração total para multimídia deverá ser feita até o fim de 2003. O videofone, batizado de Jetson, numa referência ao desenho animado futurista da década de 60, será lançado no início de 2003. O objetivo da GVT é vender 5 mil licenças até o final do próximo ano. Do investimento de R$ 960 milhões programados para o período de três anos, a partir de 2000, a tecnologia NGN é responsável por R$ 400 milhões, diz o diretor de marketing da operadora, Rodrigo Dienstmann.
O primeiro servidor (Interactive Multimedia Server), que é uma plataforma de serviços NGN que permite integrar voz, vídeo, grupo de presença, entre outros, será instalado em Curitiba e depois em mais 11 grandes cidades e capitais. A tecnologia é da Nortel, que financia 100% dos investimentos programados no período pela operadora, afirma o diretor de redes NGN da fabricante, Cássio Garcia.
A rede possibilita fazer videoconferência, competindo com os sistemas existentes no mercado a custos menores, garante Dienstmann, embora não revele preços. Segundo o executivo, é possível fazer também parcerias com operadoras de TV paga para o fornecimento conjunto de serviços, que futuramente poderão ser destinados ao mercado residencial. Neste caso, integra-se a infra-estrutura das duas empresas, com os servidores de conteúdo hospedados na rede da GVT, que fica responsável pela distribuição do serviço ao usuário.
Dienstmann disse que é possível oferecer programação sob demanda e adicionar mais interatividade. A GVT quer conversar com as operadoras de TV para discutir o assunto e, se houver interesse, trabalhar sobre um modelo de negócios.
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