Líderes do setor de Tecnologia, Mídia e Telecomunicações são mais otimistas que a média

As incertezas no cenário político no ano eleitoral no Brasil afetam a confiança dos CEOs no crescimento da receita de suas empresas no curto prazo, mostra a 25ª edição da Pesquisa Anual Global com CEOs da PwC, que ouviu mais de 4,4 mil executivos, em 89 países, com uma participação expressiva de líderes do Brasil. No entanto, os executivos brasileiros são mais otimistas que a média global, sobretudo aqueles que atuam na indústria brasileira de Tecnologia, Mídia e Telecomunicações (TMT).

De acordo com os estudo, os executivos da indústria brasileira de TMT estão mais otimistas em relação ao cenário econômico, em comparação com a média dos participantes da pesquisa no Brasil. Entre os executivos da indústria TMT no Brasil, 67% estão extremamente ou muito confiantes no crescimento de receitas nas empresas que comandam nos próximos 12 meses.  Em um prazo médio, de três anos, o percentual sobre para 83%. Segundo Ricardo Queiroz, sócio e líder do setor de tecnologia, mídia e telecomunicações da PwC Brasil, a maior confiança no médio prazo reflete uma aposta na diluição dos riscos do ano eleitoral nos dois anos consequentes. A expectativa, portanto, é da reestabilização econômica após os pleitos de 2022.

Embora o otimismo no curto prazo não seja tão grande quanto no médio prazo, os CEOs brasileiros de TMT são mais otimistas que a média geral de executivos de mesmo nível brasileiros e expressivamente mais otimistas do que a média global. Entre todos os CEOS brasileiros ouvidos, o otimismo com a geração de receita nos próximos 12 meses é relatado por 63%, com um salto para 73% no médio prazo. Já entre CEOs de todo o mundo, apenas 56% se mostram otimistas com o crescimento da geração de receitas no próximo ano. Para os próximos três anos, o percentual cresce para 64%.

Macroeconomia

Para 83% dos representantes do setor TMT no Brasil que participaram da pesquisa, haverá uma aceleração da economia no mundo em 2022. A média de otimismo entre os CEOs brasileiros foi de 77%, mesmo percentual registrado na média global. Outros 10% dos executivos do setor de TMT preveem que este será um período de desaceleração, enquanto 7% acreditam em um cenário de estabilidade econômica.

Quando o assunto é o próprio país, o percentual dos executivos de TMT que apostam na recuperação econômica e elevação do PIB brasileiro cai para 60%, acompanhando as previsões de lideranças de outros setores, que mantiveram essa média em 55%. Ainda sobre a economia do Brasil, 10% dos executivos da indústria de TMT acredita na estabilidade e 30% na desaceleração da economia do país neste ano. Para Queiroz, este setor traz mais agilidade de negócios que a média brasileira. "A instabilidade macroeconômica preocupa menos os CEOs da TMT. O setor consegue se reinventar rapidamente. Ainda assim, a preocupação está em 60% dos entrevistados na categoria, contra 69% no geral", explica.

Além da instabilidade macroeconômica, que é a principal preocupação dos CEOs de TMT, outros temas são percebidos como ameaças. Os riscos cibernéticos são apontados como ameaças por metade dos CEOs de TMT, assim pela média geral dos executivos ouvidos. Também foram apontados como ameaças por CEOs:
*a desigualdade social – 37% dos executivos no setor TMT e 38% na média dos CEOs;
* riscos à saúde – 30% dos executivos no setor TMT e 32% na média dos CEOs;
* mudanças climáticas – 27% dos executivos no setor TMT e 36% na média dos CEOs;
* conflitos geopolíticos – 20% dos executivos no setor TMT e 21% na média dos CEOs.

Internacional

A pesquisa revela que os Estados Unidos são o principal mercado estratégico para 67% dos executivos de TMT no Brasil, seguido por China (30%) e Argentina (27%).

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