Três meses após adquirir a Vex por R$ 27 milhões, a Oi detalhou nesta segunda-feira, 31, a sua estratégia para a tecnologia Wi-Fi. Basicamente a operadora juntará três redes Wi-Fi distintas em uma única, batizada de "Oi WiFi", são elas: 1) a Vex, com 1,6 mil hotspots no Brasil e mais de 40 mil ao redor do mundo através de acordos de roaming; 2) a Fon, rede Wi-Fi compartilhada pelos próprios usuários, em fase de projeto piloto nos bairros de Ipanema e Leblon, no Rio de Janeiro; 3) redes metropolitanas Wi-Fi construídas pela Oi em espaços abertos, em fase de projeto piloto no Rio de Janeiro. Os clientes da Oi de banda larga fixa a partir de 5 Mbps e banda larga móvel com franquia de 2 GB passam a ter acesso gratuito à rede "Oi WiFi", utilizando como nome de usuário a sua linha telefônica e como senha inicial seu CPF, o que corresponde a um universo de aproximadamente 1 milhão de assinantes. A rede "Oi Wifi" estará disponível a clientes de outras operadoras por um preço tabelado por tempo de uso, a ser divulgado. "Nosso objetivo com Wi-Fi é mais complementar nossa oferta de banda larga do que prover um serviço novo isolado. Os clientes da Oi terão acesso mais livre e integrado a essa rede", explicou Pedro Ripper, diretor de inovação e novos negócios da Oi.
A principal novidade é a parceria com a Fon, empresa presente em 11 países e com mais de 4 milhões de hotspots Wi-Fi. Sua rede é composta por roteadores em pequenos estabelecimentos comerciais. Estes cedem 1Mbps de sua conexão fixa para o acesso público através de Wi-Fi, mantendo o restante para seu consumo privado. Esse acesso público pode ter um preço tabelado, cuja receita é dividida entre a operadora que faz a cobrança e o estabelecimento comercial. Além disso, quem cede sua rede tem direito a acessar de graça os 4 milhões de hotspots da Fon no mundo. No caso do Brasil, o modelo de negócios com a Oi ainda não está totalmente definido, mas provavelmente será o de compartilhamento de receita. Por enquanto, a rede da Fon está funcionando em 150 restaurantes e outros estabelecimentos comerciais que usam banda larga fixa da Oi de pelo menos 5 Mbps nos bairros do Leblon e Ipanema, no Rio de Janeiro. Em breve, clientes residenciais da Oi nesses dois bairros também terão a opção de compartilhar suas conexões. A expectativa é de que haja entre 500 e 700 pontos nas próximas semanas.
No caso das redes metropolitanas, a ideia da Oi é disponibilizar hotspots em locais abertos e com grande movimentação de pessoas, como praças públicas, estádios de futebol etc. Um primeiro teste foi realizado durante o Rock in Rio. E agora foi montada uma rede na orla das praias de Ipanema e Leblon.
Smartphones
Embora não haja neste primeiro momento uma oferta voltada especificamente para usuários de smartphones e tablets da Oi, Ripper entende que a "Oi WiFi" já deve ajudar a desafogar a rede móvel da operadora, pois muitos de seus clientes que terão acesso ao serviço possuem celulares da Oi com Wi-Fi. O executivo preferiu, contudo, não fazer uma estimativa da possível economia.
Ripper ressaltou que a aposta em Wi-Fi não significa que a operadora desistiu do 4G. Ele entende as tecnologias como complementares.