BrT vislumbra parcerias para TV paga; Net não vê modelo

O discurso sobre parcerias entre teles e operadoras de TV por assinatura não é consenso, como quer a ABTA (Associação Brasileira de TV por Assinatura). Ricardo Knoepfelmacher, presidente da Brasil Telecom, vê as parcerias com empresas de conteúdo, satélite, e TV por assinatura como fundamentais para a oferta de IPTV. ?Nossa oferta será conjunta. Não descartamos nem mesmo parcerias com empresas que oferecem DTH (TV por satélite)?, disse o executivo, durante o Congresso ABTA 2006, que começou hoje e vai até o dia 3 de agosto, no ITM Expo, em São Paulo.
Já o presidente da Net Serviços, Francisco Valim, é categórico em dizer que ?com essa legislação não existe parceria possível?.

Competição

Valim apontou que só começou a acontecer efetiva competição em algumas regiões, com a entrada da Net no mercado de banda larga e voz. ?No caso da banda larga o preço caiu até 40% nos últimos seis meses e vimos o lançamento da Tevolução, da Telefônica, cortando o preço dos minutos para voz. O perigo é a comoditização da oferta de voz, jogando o preço para baixo para compensar com outros serviços, mas praticando dumping?, disse Valim. Ele discorda do diretor-executivo da ABTA, Alexandre Annenberg, quando este aponta as parcerias como o caminho possível para completar competências entre operadoras de TV por assinatura e teles. ?Hoje esse caminho não é possível dentro do esquema de concessões e divisão de regiões. Não se fala de portabilidade numérica e aumento de competição na telefonia local, mas apenas na urgência das teles oferecerem vídeo?, afirmou. Ele também não vê sentido na Telefônica oferecer TV por satélite (DTH) ?pela falta de sinergia nas redes?. E lembra que no Chile a agência reguladora não permite a oferta de vídeo pelas teles enquanto não forem resolvidas questões de concorrência na oferta de serviços triple play. ?O mercado de TV por assinatura já nasceu com concorrência, ao contrário do de voz que continua como monopólio, com poucas empresas espelhos sobreviventes?, completou Valim.

Leis anacrônicas

Segundo Ricardo Knoepfelmacher, as leis atuais (Lei do Cabo e LGT) estão anacrônicas para acompanhar o mercado dinâmico de VoIP e oferta de vídeo. ?Temos que observar como o mercado vai se construir", disse. Para ele oferta de voz e banda larga por preço mais baixo não é dumping, mas escala. ?Telefonia fixa não é mais um grande negócio para as teles. É necessário pensar nos próximos modelos que unem a telefonia fixa, móvel e oferta de IPTV?, afirmou.

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