Datas iguais para leilão das faixas de 450 MHz e 2,5 GHz pode indicar licitação conjunta

A definição, pelo governo, da mesma data limite para o leilão das faixas de 2,5 GHz e 450 MHz (30 de abri de 2012) não é coincidência. Ao que tudo indica, cresce a possibilidade de que, para estimular a construção de uma rede wireless na faixa de 450 MHz para atender às regiões rurais, o governo aproveite a atratividade óbvia da faixa de 2,5 GHz, que será utilizada para a quarta geração, vinculando uma coisa a outra, como já sugeriu o ministro Paulo Bernardo. O problema é que se isso acontecer, duas empresas que não estão diretamente vinculadas às metas de banda larga rural estabelecidas no PGMU podem ter que arcar com a construção de uma rede que não se sabe exatamente qual será a rentabilidade. TIM e Claro são duas das operadoras que hoje não estão vinculadas a operadoras com metas rurais, ao contrário de Vivo e Claro. A outra complicação pode ser tecnológica. Hoje, a melhor tecnologia para uso na faixa de 450 MHz é a CDMA, para a qual já existem equipamentos desenvolvidos. Mas do ponto de vista das operadoras, lidar com mais uma tecnologia pode ser um problema. Por outro lado, o governo pode optar por querer induzir o uso das tecnologias OFDM na faixa de 450 MHz (LTE e WiMax), como acontece na faixa de 2,5 GHz, o que tornaria mais lenta a solução tecnológica para a faixa, já que os padrões existentes precisariam ser desenvolvidos especificamente para essa realidade.

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