GVT lança telefonia fixa local em VoIP nacionalmente

?A GVT é a operadora que tem mais a ganhar em relação às concessionárias e a que tem mais a oferecer em comparação com as empresas oportunistas com atuação restrita no mercado?, afirmou o presidente da GVT, Amos Genish, durante o lançamento comercial em larga escala de VoIP para telefonia fixa local, inclusive para assinantes residenciais. A tecnologia é baseada no uso da rede banda larga da própria GVT mas também na de terceiros (como o modelo praticado pela Vonage, nos EUA), e também contempla um software para fazer a interface para os usuários de conexão com banda estreita.
O lançamento da GVT ocorreu em São Paulo, nesta terça-feira, 14, e a comercialização do portfolio VoIP da operadora começa oficialmente nesta quarta-feira, 15, em sete capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Florianópolis, Goiânia e também na cidade de Brasília. Com o lançamento, a GVT promete acabar com a telefonia de longa distância e baratear os interurbanos em até 70% e o roaming do celular em até 90%.

Produtos

Os primeiros produtos serão o Omni, para o mercado corporativo e médias empresas, e o Webfone Virtual, para pequenas empresas, profissionais liberais e residencial. Esses dois produtos são baseados no conceito de virtualidade, ou seja, são telefones que ficarão instalados na sede da GVT e serão acessados pela internet em qualquer lugar do País. O outro produto é o Webfone, baseado em mobilidade, que é um serviço de valor adicionado vinculado à linha convencional da GVT. Com um custo mensal de R$ 3,99, o cliente residencial usuário de internet poderá fazer chamadas locais para qualquer assinante da telefonia pública. Esse serviço estará disponível inicialmente em Curitiba, Porto Alegre, Brasília, Florianópolis e Goiânia.

Impactos

Na avaliação de Genish, com a entrada da VoIP em escala comercial, alguns impactos serão sentidos pelo mercado (ou concorrência): a eliminação da longa distância causará mudanças na receita de longa distância auferida pelas operadoras; acabará a necessidade de fazer última milha própria; afetará as concessionárias em primeiro lugar, mas também as móveis; aumentará a penetração dos acessos de banda larga; a telefonia local baseada em VoIP será a chave para qualquer operadora; e, finalmente, o usuário terá mais escolhas e preços menores. Para Genish, todas as operadoras terão que repensar seus modelos de negócios.
O impacto para a GVT, diz o presidente, é que a operadora é a primeira a oferecer o serviço em grande escala no País. Genish afirma que todos os segmentos ? corporativo, pequenas e médias e residencial, estarão contemplados com qualidade de serviço (QoS). Com a telefonia local em VoIP, o presidente da GVT espera que haja uma melhora no posicionamento de mercado e na performance financeira da operadora. ?É difícil prever o impacto financeiro mas, até 2006, a VoIP deverá corresponder a 20% das receitas da operadora?, diz.
Os desafios para a GVT são a regulamentação, qualidade e a educação do mercado. Genish questiona com que agilidade a Anatel reagirá caso as concessionárias tentem bloquear o serviço para seus usuários de ADSL, por exemplo. Quanto à qualidade, o executivo acredita que os clientes aceitarão a qualidade de chamada ligeiramente inferior à telefonia convencional para ter o benefício da redução de custos e novas funcionalidades da VoIP.

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